segunda-feira, 12 de março de 2012

Amo minha Igreja, por isso apoio o Padre Paulo Ricardo.


Queridos amigos,
Existe uma frase de Santa Catarina de Senna que amo muito:
Se morro, morro de amor pela Santa Igreja.
E por causa deste amor à Igreja que manifesto publicamente meu apoio ao Padre Paulo Ricardo.
Desta forma não pretendo causar contendas ou dissiminar o desamor.
No entanto já sofri muitas vezes na pele a perseguição que pessoas mal intencionadas fazem com o uso incorreto de nossas palavras, não levando em conta o contexto ou muitas vezes tomando dores pessoais e deturpando o verdadeiro sentido e verdade de nossas ações.
Por isso além de me sentir solidária, me sentirei muito prejudicada enquanto Igreja, se conseguirem calar a voz deste Profeta de Deus.
Como dizia nosso amigo Francisco de Assis, acabar com uma guerra começando outra não gera a paz, mas uma conflagração mundial. No entanto a água é mais poderosa que o fogo, e amor mais forte que o ódio! E neste caso a água se torna a verdade e o amor pela Igreja.
Coloco abaixo a carta enviada pelo Padre Paulo Ricardo  se referindo aos atuais acontencimentos em ataque à sua missão.
Coloco também o link do vídeo  que contem a palestra causadora de tanto encomodo.
E por fim um link para que você possa, se desejar apoiar o Padre Paulo assinando uma petição de ajuda.
Abraços fraternos,

Christo Nihil Praeponere

Nada pode antepor-se a Cristo

Comunicado

Queridos irmãos,
Após as recentes manifestações ao redor de minha pregação no dia 20 de fevereiro de 2012, durante o 26º Vinde e Vede, pedi ao senhor Arcebispo para me ausentar de Cuiabá durante esta semana e procurar conselho espiritual e assistência jurídica.

Agora que o senhor Arcebispo se manifestou super partes no sentido de paz e de reconciliação, sinto o dever de comunicar o seguinte:

1) Lamento que as minhas palavras tenham sido mal interpretadas;

2) Penso que seja esclarecedor que as pessoas levem em consideração as circunstâncias da pregação. Aquele dia do encontro era voltado para a espiritualidade do Movimento Sacerdotal Mariano, fundado em 1972 pelo Padre Stefano Gobbi. O áudio de toda a pregação foi postado na internet, link aqui, e nele se pode notar o contexto em que aquelas palavras foram pronunciadas. Note-se, por exemplo, que me incluo sempre entre os padres pecadores e que a finalidade daquelas palavras era levar as pessoas à oração pela santificação dos sacerdotes. É sabido que um dos principais carismas do Movimento Sacerdotal Mariano é a oração pela santificação dos sacerdotes;

3) Sem querer acrescentar uma ferida àquelas já abertas, mas também sem dissimular minha posição, devo atestar que não me reconheço na imagem que foi apresentada de minha pessoa, de meu pensamento e de meu ministério;

4) Reconheço que as pessoas têm o direito de questionar a prudência e a oportunidade de uma pregação como aquela. Não tenho pretensão de estar sempre certo em minhas decisões práticas. Mas continua sendo minha opinião, aberta ao questionamento e à revisão, que seja uma verdadeira caridade para com os fiéis adverti-los para o fato de que a Igreja luta atualmente contra uma crise do clero. Sou da posição que, neste caso, o escândalo do silêncio seria muito maior do que a sincera e honesta admissão do problema, por doloroso que isto seja;

5) Que esta crise do clero não atinja todos os padres, com ou sem batina, me parecia uma coisa tão óbvia, que não achei necessário comentar. Mas prometo ser mais cauteloso no futuro. É evidente que eu não tinha pretensão de expor naquela breve palestra toda minha visão a repeito do atual estado do clero católico. Creio que os numerosos fiéis que me acompanharam nestes 20 anos de ministério viram em mim um padre que, reconhecendo os próprios pecados, procura amar a Igreja em geral e o sacerdócio em particular. Foi à formação de irmãos no sacerdócio que dediquei as melhores energias de minha vida;

6) É importante também ressaltar que de minha parte não pretendo divulgar os nomes dos 27 signatários da carta. Cumpre porém ressaltar o seguinte: não é verdade que o clero incardinado em Cuiabá se revoltou em massa contra minhas posições. Para uma mais exata avaliação da realidade divulgo apenas que são 5 padres diocesanos incardinados em Cuiabá, 5 em outras circunscrições e 17 religiosos;

7) Quanto à reconciliação e à restauração da justiça, serão dados passos pastorais e, se necessário, jurídicos. Mas não creio que a internet seja o lugar apropriado para este caminho de reparação. Sei que nos tempos do Big Brother, do Twitter e do Facebook minha visão pode parecer antiquada. Peço, no entanto, que compreendam minha opção de silêncio, ao menos até a solução final que, uma vez alcançada, comunicarei aos amigos;

8) Esta comunicação não seria completa sem que terminasse num agradecimento de coração pelos inúmeros e variados sinais de amizade, confiança e solidariedade que recebi. A todos um sincero e comovido “Deus lhes pague!”

Nestes dias, o nosso site recebeu um número imenso de mensagens oferecendo apoio de toda espécie: orações, jejuns, sacrifícios e provas sinceras de amor e estima. Meu celular não parava de tocar e de receber SMS. Foram literalmente milhares de fiéis, centenas de sacerdotes, alguns bispos e amigos de várias proveniências (um bispo anglicano, vários pastores evangélicos, cristãos em geral e até agnósticos!).

Uma palavra especial para os inúmeros blogs e páginas da internet que manifestaram o seu apoio. Com toda sinceridade não sei como expressar o peso da gratidão a não ser reconhecendo que lhes sou muito obrigado.

Agradeço ao meu Arcebispo pela paciência e o carinho paterno manifestado a ambas as partes envolvidas neste triste episódio.

Quanto a meus pais e minha família... não tenho palavras. No céu vocês verão o meu coração.

Espero poder corresponder, com a graça de Deus, a toda esta expectativa. Asseguro que todos estão muito presentes em minha Eucaristia diária. Continuemos unidos na gratidão a Deus, à Virgem Maria, aos anjos e aos santos de nossa devoção. Continuem a interceder por esta nossa luta e que Deus abençoe a todos.

Várzea Grande, 11 de março de 2012.
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior



http://www.peticoesonline.com/peticao/em-apoio-ao-pe-paulo-ricardo-de-azevedo-junior/395

terça-feira, 6 de março de 2012

Quaresma e pastoreio

"Voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, peciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo." (JL 2,12-13)

Queridos amigos,
A quaresma é um tempo muito fecundo de nosso ano liturgico. Um tempo que nos ajuda a um encontro pessoal com Deus, a uma transformação de vida e a um recomeço onde purificados pela provação e vencidos pela misericordia de Deus poderemos fazer de nossas vidas uma vida mais santa.
Ouvir a Igreja, acompanhar a liturgia, fazer penitência e buscar o silêncio e o recolhimento é uma grande forma de nos educarmos e aprendermos sobre o que Deus deseja fazer em nossa vida.
O mais lindo de tudo isso é que os tempos liturgicos lembram muito as estações do ano, em outras palavras as estações da vida... a primavera por mais linda que seja, sempre dá a vez a outra estação, depois do verão vem o outono e por fim o inverno... todas elas são importantes para o ciclo da semente, que se não morre não gera vida.
Assim também nos faz a mãe Igreja, cada tempo liturgico nos prepara para as etapas de nosso crescimento espiritual, para as oscilações de nossa humanidade, para nossa conversão diaria. Cada etapa vencida se renova e dá a vez a novos desafios, novas conversões e novos frutos para que a cada ano fiquemos o mais próximo possível da estatura de Cristo.
Nossa Igreja de Campinas estava vacante desde a morte de nosso saudoso Dom Bruno, pela misericórdia de Deus recebemos um novo pastor antes do início da quaresma, e embora ele assumirá nossa Arquidiocese apenas depois da páscoa, fico feliz ao ouvi-lo se pronunciar sobre a quaresma.
São palavras simples recolhidas por uma emissora de TV, mas mesmo simples são a vóz da Igreja para o povo de Mogi das Cruzes e também o de Campinas.
Partilho com vocês para que possam conhecer um pouco mais de nosso novo pastor.



Abraços fraternos,
Paz e Bem.