terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DEUS É E BASTA!


Hoje vou partilhar um pouco da minha oração e consequentemente da resposta da providencia de Deus que veio em socorro as minhas angustias.
Realmente apenas Deus tem o poder de nos abrir para a verdade libertadora. E mais uma vez apenas o amor pode dar sentido a todo o sofrimento. O amor é uma fagulha de Luz que quando lançada sobre as trevas da dor, consegue transformar todo amargor em doçura, ate mesmo o sofrimento se torna agradável, e as lagrimas que são o sangue da alma se tornam néctar de precioso vinho colhido no cálice do sacrifício.
Um texto que tantas vezes já li e reli hoje se tornou para mim, pela oração e pelo amor de Deus, essa pequena fagulha de luz.

Francisco encontrava-se totalmente atormentado pelos rumos que tomavam a fraternidade. Os irmãos pareciam cada vez mais se desviar dos propósitos iniciais da ordem. Tudo parecia ilusão e escuridão.
Clara foi então encontrar pai Francisco e disse-lhe assim:

Pai Francisco, foste um assolador implacável. Queimaste, varreste, demoliste casa, dinheiro, pais, posição social. Avançaste para profundidades maiores: venceste o ridículo, o medo do desprestigio. Escalaste o pico mais alto da perfeita Alegria. De tudo te despojaste para que Deus fosse teu Tudo.
Mas, se agora reina alguma sombra em teu interior, é sinal que estás preso a alguma coisa e que Deus ainda não é o teu Tudo. Daí a tua tristeza. Em resumo, é sinal que catalogaste como obra de Deus o que, na realidade, é obra tua. Para a perfeita Alegria só te falta uma coisa: desapegar-se da obra de Deus e ficar só com o próprio Deus, completamente despojado.
Ainda não és completamente pobre, irmão Francisco, e por isso ainda não és completamente livre, nem feliz. Solta-te de ti mesmo e dá o salto mortal: Deus é, e basta!
Solta-te do teu ideal e assume, com gosto e felicidade, essa Realidade que supera toda realidade: DEUS É E BASTA!
Então reconheceras a Perfeita Alegria, a perfeita Liberdade e a Perfeita Felicidade.
Clara calou-se. Sem perceber o o irmão deixou cair lagrimas tranquilas. Uma embriagues, parecida com o amanhecer do mundo, apoderou-se completamente de Francisco. Sentia-se imensamente feliz.
Deus é e basta, repetia soluçando.
(trechos do livro o Irmão de Assis, Inácio Larranaga)

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