terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

“A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz.” (João 3,19).


O Verbo Divino se fez carne e habitou entre nós! Eis o mistério de nossa salvação, eis as palavras evangélicas e litúrgicas que revelam a mística do grande amor de Deus por nós. E Como se não bastasse a Deus se encarnar, se inclinar à humanidade, tornando-se um de nós, Ele se derrama de amor no Madeiro Sagrado entregando sua vida em resgate por nossos pecados. Mistérios infinitos, dos quais apenas Deus seria capaz de realizar, amor louco e apaixonado que se submete a solidão dos sacrários a fim de ser alimento e ficar perto da criatura amada, nos amar. Quem diante disso tudo poderá dizer que Deus não é Amor?!
O mundo recaído sobre o pecado não soube reconhecer Jesus. Podemos dizer isso não somente no tempo em que Jesus esteve historicamente na terra, mesmo Hoje, depois de a Igreja ter levado a Luz em quase todo o mundo, muitas pessoas ainda não amam a Luz e vivem como se não a conhecessem. Submetem as manifestações do Amor de Deus como simples dados históricos. Jesus Eucarístico, Vivo e Ressuscitado então?! Mera simbologia. Dão muito mais valores a seres místicos e mitológicos que como passe de mágica promete resolver seus problemas, ou pior ainda, renegam descarada mente o bem. Nunca como nos tempos de hoje o satanismo cresceu tanto! (Zenit)
Sempre que reflito sobre isso ouço a voz de meu Amado Senhor me impulsionando: “Voz sois o sal da terra... Vós sois a Luz do mundo...” (Matheus 5,13-16). Como Cristão, como quem reconhece esse Amor de Deus, não podemos ser omissos, não podemos ser indiferentes! Nosso grito deve se unir ao de Francisco de Assis: O AMOR NÃO É AMADO, O AMOR NÃO É AMADO!
Precisamos levar ao mundo a Luz que é o Cristo, Amar essa Luz que não foi amada. Jesus disse, enquanto estou no mundo eu sou a Luz do Mundo (João 9,5), Ele veio ser a Luz a fim de que pudéssemos sair das trevas e aprender com a Luz: “Enquanto tendes a luz, credes na luz, e assim vos tornareis filhos da luz” (João 12, 46).
E como amar esse Deus que é Luz e assim se tornar também filhos da Luz? Do próprio Amor temos novamente a resposta, que nos foi dada em João 14, 21-23: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele... Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada”.
Seguir os mandamentos de Deus é o maior testemunho de nosso amor por Ele, do qual queremos manifestar através de nossa consagração de vida, vivendo a pobreza para nos tornarmos pobres como Ele; vivendo a obediência para nos tornarmos obedientes como Ele foi obediente até a morte e morte de Cruz; vivendo a Castidade afim de que testemunhando a castidade de Cristo possamos semear a paz e a sadia convivência.
Precisamos também ser sal. Dar sabor ao mundo que por ter desprezado a Luz, perdeu o seu sentido e o gosto pela vida, e hoje vagueia em busca de algo que preencha o vazio de sua alma. Ser sal é também resgatar os valores da Igreja, uma vez que o Sal preserva da corrupção e simboliza a fidelidade, devemos ser fiéis ao magistério, devolvendo no mundo os valores que Ela nos ensina. Já que hoje a sociedade moderna despreza os seus valores e ensinamentos, precisamos como profetas, sermos o sal para não deixar que apodreça e se perca o que o Amor, que é a Luz, veio ensinar ao mundo. Resgatar os valores da Igreja é também reconciliar o mundo com o sagrado, com o mistério, manifestado primeiramente no Sacrifício Eucarístico de Cristo e em toda liturgia.
Ser Sal e Luz é a missão do profeta, o profeta Luz que anuncia o Cristo, mas também o profeta Sal que ajuda os Cristãos a perseverarem no Amor. AMAR E FAZER DEUS AMADO, ser SAL E LUZ, o sal do sacrifico que humildemente desaparece que é eliminado, nas lágrimas, no suor, na saliva da profecia... E a luz que resplandece não o que somos, mas o que portamos: O Cristo que habita em nós.
Que em tempos como os de hoje, onde se torna cada vez mais difícil defender a Fé, possamos como Cristãos não ser indiferente ao chamado que Deus faz a cada um de nós, respondendo a esse imenso amor, tornando pela profecia de nossas vidas, DEUS AMADO.
Paz e Bem a todos!
“Ut amor ametur”

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