terça-feira, 30 de julho de 2013

Porque ser pequeno causa tanta repulsa?



Ouvi uma frase dias desse que me deixou a refletir: “Coloque poder e dinheiro na não de um homem e saberás quem ele é.”
E não é verdade? Vejo isso acontecer direto, principalmente no ambiente Cristão. Disputa por cargos de coordenação, autoridade, desejos de ministérios que coloquem na frente do palco, músicos que só cantam para multidões, desprezo de pregadores e bandas por públicos pequenos e pobres. Parece que as pessoas buscam de toda a forma compensar suas frustrações no emprego, na família, procuram afirmar sua auto estima tentando ser maior, superior onde na verdade deveriam ser menor.
Quantas vezes não vi pessoas que foram indiferente a mim, mas bastou alguém dizer essa é nossa fundadora ou a fundadora tal para que as pessoas já olhassem de forma diferente e se aproximassem calorosamente, como se fossemos apenas um rotulo, um cargo ou uma função. Quantos outros antes de fazerem fama nos tratavam com carinho, respeito cumplicidade e foi só o momento de se tornarem conhecidos, requisitados para se esquecerem que nos conhece.
O que me faz refletir ainda mais sobre isso são os últimos acontecimentos da mídia com a visita do Papa. Agora Francisco I é um herói, um santo, a humanidade precisava de mais homens assim. Mas será que o Cardeal Mário Bergoglio mudou sua postura depois que virou Papa? Até onde o sei sempre visitou as periferias da Argentina, sempre foi defensor da Igreja e de uma Igreja e sociedade mais justa e amorosa. Sei também que a Presidente da Argentina Cristina Kirchner não se relacionava bem com ele por conta do aborto e do casamento gay, chegando até mesmo a proibir festividades religiosas em Buenos Aires. Mas agora ele é Papa e ela não só esquece as rivalidades como se desloca da Argentina para o Brasil para participar de uma missa com ele. Sem falar de todas as autoridades brasileiras como Dilma e do hipócrita sorrisinho de feliz da Senadora Marta Suplicy, que se ele o Papa, fosse apenas um padre fazendo um discurso com certeza seria atacado e repudiado.
E esses tantos relativistas da Igreja e pessoas de nossa sociedade para pousar um ar de piedade lançam milhões de elogios para o Papa Francisco (que com certeza merece todos ) mas denigrem a imagem do Papa Emérito Bento XVI. Será que falariam tudo isso se ele ainda fosse o Papa? Pior que eles nem entendem nada, porque Papa ele ainda é! Emérito significa que ele tem as grandes honras de um cargo sem o exercer. Mas aí é que está, ele não exerce, então ele não retém o poder.
Agora eu pergunto quem é mais humilde?
Aquele que se reconhece pequeno, esgotado para dirigir com força e ardor a Igreja e com humildade renuncia a um cargo em que coloca todos os seu inimigos diante dos seu pés, que se propõe ficar no escondimento, pequeno, sendo julgado e criticado por todos, mas orando e amando acima de tudo?
Ou aquele que sendo instituído no poder não deixa que o poder corrompa seus princípios e continua sendo aquilo que sempre foi, porém agora como sucessor de Pedro?
Eu diria meus amados que ambas são formas de pequenez. Ambas merecem nossa admiração e respeito e também devem ser imitadas por todos nós. Ambas vem do próprio Cristo Jesus que quando perguntado se era realmente o filho de Deus respondia Eu Sou; mas não cansava de ensinar que reinar significa servir quando dizia que o Filho do Homem veio para servir e não para ser servido.
Se aprendêssemos mais de Jesus não faríamos comparações entre qual é o maior. Mas olharíamos para dentro de nós e procuraríamos encontrar lá dentro os passos de Jesus que em tudo se fez pequeno, até a morte e morte de Cruz.
Bajularíamos menos pelos cargos e admiraríamos mais pelas virtudes. Compreenderíamos mais as ações de nossos irmãos que tantas vezes fogem do nosso conhecimento e amaríamos como Jesus, GRATUITAMENTE E SEM LIMITES, sem cargos, sem honras, sem títulos, sem poder... APENAS AMARIAMOS, A AMARIAMOS OS NÃO AMADOS.