Ouvi uma frase dias
desse que me deixou a refletir: “Coloque poder e dinheiro na não de um homem e saberás
quem ele é.”
E não é verdade? Vejo isso acontecer direto, principalmente
no ambiente Cristão. Disputa por cargos de coordenação, autoridade, desejos de
ministérios que coloquem na frente do palco, músicos que só cantam para multidões,
desprezo de pregadores e bandas por públicos pequenos e pobres. Parece que as
pessoas buscam de toda a forma compensar suas frustrações no emprego, na família,
procuram afirmar sua auto estima tentando ser maior, superior onde na verdade
deveriam ser menor.
Quantas vezes não vi pessoas que foram indiferente a mim,
mas bastou alguém dizer essa é nossa fundadora ou a fundadora tal para que as
pessoas já olhassem de forma diferente e se aproximassem calorosamente, como se
fossemos apenas um rotulo, um cargo ou uma função. Quantos outros antes de
fazerem fama nos tratavam com carinho, respeito cumplicidade e foi só o momento
de se tornarem conhecidos, requisitados para se esquecerem que nos conhece.
O que me faz refletir ainda mais sobre isso são os últimos acontecimentos
da mídia com a visita do Papa. Agora Francisco I é um herói, um santo, a
humanidade precisava de mais homens assim. Mas será que o Cardeal Mário Bergoglio
mudou sua postura depois que virou Papa? Até onde o sei sempre visitou as
periferias da Argentina, sempre foi defensor da Igreja e de uma Igreja e
sociedade mais justa e amorosa. Sei também que a Presidente da Argentina
Cristina Kirchner não se relacionava bem com ele por conta do aborto e do
casamento gay, chegando até mesmo a proibir festividades religiosas em Buenos
Aires. Mas agora ele é Papa e ela não só esquece as rivalidades como se desloca
da Argentina para o Brasil para participar de uma missa com ele. Sem falar de
todas as autoridades brasileiras como Dilma e do hipócrita sorrisinho de feliz
da Senadora Marta Suplicy, que se ele o Papa, fosse apenas um padre fazendo um
discurso com certeza seria atacado e repudiado.
E esses tantos relativistas da Igreja e pessoas de nossa
sociedade para pousar um ar de piedade lançam milhões de elogios para o Papa Francisco
(que com certeza merece todos ) mas denigrem a imagem do Papa Emérito Bento
XVI. Será que falariam tudo isso se ele ainda fosse o Papa? Pior que eles nem
entendem nada, porque Papa ele ainda é! Emérito significa que ele tem as
grandes honras de um cargo sem o exercer. Mas aí é que está, ele não exerce,
então ele não retém o poder.
Agora eu pergunto quem é mais humilde?
Aquele que se reconhece pequeno, esgotado para dirigir com
força e ardor a Igreja e com humildade renuncia a um cargo em que coloca todos
os seu inimigos diante dos seu pés, que se propõe ficar no escondimento,
pequeno, sendo julgado e criticado por todos, mas orando e amando acima de
tudo?
Ou aquele que sendo instituído no poder não deixa que o
poder corrompa seus princípios e continua sendo aquilo que sempre foi, porém
agora como sucessor de Pedro?
Eu diria meus amados que ambas são formas de pequenez. Ambas
merecem nossa admiração e respeito e também devem ser imitadas por todos nós. Ambas
vem do próprio Cristo Jesus que quando perguntado se era realmente o filho de
Deus respondia Eu Sou; mas não cansava de ensinar que reinar significa servir
quando dizia que o Filho do Homem veio para servir e não para ser servido.
Se aprendêssemos mais de Jesus não faríamos comparações
entre qual é o maior. Mas olharíamos para dentro de nós e procuraríamos encontrar
lá dentro os passos de Jesus que em tudo se fez pequeno, até a morte e morte de
Cruz.
Bajularíamos menos pelos cargos e admiraríamos mais pelas
virtudes. Compreenderíamos mais as ações de nossos irmãos que tantas vezes
fogem do nosso conhecimento e amaríamos como Jesus, GRATUITAMENTE E SEM
LIMITES, sem cargos, sem honras, sem títulos, sem poder... APENAS AMARIAMOS, A
AMARIAMOS OS NÃO AMADOS.
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